ENTREVISTA ESPECIAL :    Jorge Vercilo

O novo representante da MPB

Com seu carisma e letras românticas, Jorge Vercilo vem se firmando no primeiro time da música


Jorge Vercilo: Suas composições são o ponto forte de seu trabalho

Com sua voz suave e letras românticas Jorge Vercilo vem se tornando figurinha carimbada nas paradas de sucesso das principais rádios do país. Tendo como fonte de inspiração para suas composições o primeiro time da MPB e a música negra norte-americana, o cantor e compositor vem demonstrando ser um novo e promissor representante da música brasileira. Só pra ter idéia, O cantor fechou ano 2002 com a música "Que nem maré" tocando em todas as emissoras de rádio do Brasil e com seu último CD, Elo, batendo na casa de de 250 mil cópias vendidas. Mas para quem não sabe, Vercilo já está com dez anos de estrada e quatro cds independentes na bagagem.

Vale lembrar que Ainda menino, Jorge Vercilo  sonhava ser jogador de futebol. Treinava na escolinha do Flamengo, seu time de coração, quando encontrou no vestiário uma fita cassete.   Naquela fita estava gravado o disco Luz, obra que consolidou o alagoano Djavan no primeiro time da música popular brasileira. O gingado de "Samurai" ganhava as paradas de sucesso e Jorge nunca mais perdeu este referencial, trocando o futebol pela música.

Mas o empurrãozinho mesmo aconteceu através de sua tia e também cantora Lêda Barbosa. Ela o incentivou ao máximo para o jovem vestir com vontade a camisa da música. E parece que deu certo.  Ele começou a aprender violão cedo e chegou a estudar na escola de música Villa Lobos no Rio de Janeiro, adquirindo com isso, mais bagagem. Em 1989, foi convidade pelo empresário Oswin Behilia para participar do Festival Mundial de Trovadores (o Introfesticur), em Curaçau, no Caribe. Jorge ganhou o primeiro prêmio e o título de Trovador mais popular com a canção Alegre.

Depois de 5 anos tocando na noite carioca, surgiu em 1993 a chance de gravar Encontro das Águas, o primeiro disco, lançado no ano seguinte  pela gravadora Continental. Em 1996, veio o segundo CD, Em tudo que é belo, com uma vertente mais pop e puxado pelo hit "Fácil de Entender". Isso sem falar em "Raios da manhã" e "Infinito Amor" que  entraram para trilhas sonoras de novelas globais.

Já em 97, foi indicado para o prêmio "Sharp" como melhor cantor pop. Depois, Jorge Vercilo ainda marcou presença com a música "Amanheceu" no Festival da Música Brasileira, promovido pela Rede Globo em 2000, se destacando como um dos grandes nomes da nova MPB. No mesmo ano, realizou seu antigo sonho de gravar um dueto com Djavan, em "Final Feliz", do disco "Leve", lançado numa produção independente após seu desligamento da gravadora Continental. Pela primeira vez seu trabalho alcançou sucesso nacional. Em 2001, assinou um contrato com a EMI Music e lançou o disco "Elo" em 2002, bem recebido com as canções "Que Nem Maré", "Fênix" (parceria com Flávio Venturini), "Amanheceu" e "O reino das águas claras".

Depois de vender 250 mil cópias do cd "Elo", como já foi mencionado, cantor Jorge Vercilo acaba de lançar no mercado o CD  "Livre", o quinto disco de sua carreira. O álbum vem acompanhado de seu primeiro DVD. Neste novo trabalho Vercilo acredita que o repertório esclarece de forma mais clara quem é ele. Em sua opinião, trata-se de seu melhor trabalho. Algumas músicas despertam a atenção de quem escuta o cd pela primeira vez. Como "Ventania", que ele dedica a mulher Gabriela e "Asas Cortadas" que também já estava pronta e foi dedicada a um amigo, sem falar em "Monalisa" que já é sucessos nas rádios.

E como em nosso site só entrevistamos feras das música, Jorge Vercilo não poderia faltar em nosso acervo de reportagens. Confira esse bate-papo com o cantor que está novamente estourando nas principais emissoras do país!

Site: http://www.jorgevercilo.com.br

Marcus Vinicius Jacobson

Reportagem

Entrevista publicada no dia 14/10/2003

1) Qual é a avaliação que você faz de sua carreira, do primeiro disco até este último trabalho?

Existe uma continuidade do meu trabalho desde o primeiro disco; mas a cada momento a gente amadurece mais e sei que tenho muito a aprender e desenvolver ainda.

2) Qual é a sensação por ver esse seu trabalho reconhecido depois de ter ralado bastante para se firmar no mercado musical.

A sensação é muito boa, mas também de muita responsabilidade pelo o que eu represento hoje, mas posso garantir que isso não influenciou em nada o meu novo trabalho, pelo contrário.

Vercilo e sua presença nos palcos sempre marcantes

3) Você está lançando o seu mais novo CD intitulado Livre . Fale um pouco sobre esse trabalho.

Livre traz dez músicas inéditas, o que me dá muito prazer em apresentar coisas novas, pois não gosto muito da cultura de regravação que o País adotou de uns anos pra cá. Sinto-me mais maduro como autor e intérprete agora, mas ele vem também reafirmar minha assinatura e estilo dentro da música no Brasil.

4) Livre chegará às lojas também em formato DVD. O que você pode falar sobre ele ?

O DVD traz muitos momentos dentro do estúdio, onde o público não tem acesso, e é bastante ilustrativo.

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5) Você acredita que o sucesso de seu trabalho está na facilidade de interpretar as suas próprias canções?

Com certeza, acho que esse talvez seja um grande diferencial, minha maior força está na composição.

6) Em falar em composições, você já fez parcerias com Flávio Venturini e Mauricio Mattar, entre outros. Como é a sua relação musical com eles?

Flávio Venturini já era um grande ídolo, já me influenciava muito, foi maravilhoso conhecê-lo em Minas; fizemos Fênix e Telepatia, q ainda está inédita. Já o Maurício Mattar é um grande amigo que já me ajudou muito no mundo da música e sempre vibrou com minhas vitórias e é um cara com grande potencial musical em suas composições. O Brasil ainda irá conhecer o conteúdo do seu verdadeiro trabalho e não aquilo que a Sony Music fez ele gravar no início.

7) O que você ainda esta buscando na música? Fortificar, talvez, ainda mais sua personalidade musical ?

Esse disco veio solidificar a minha carreira, as canções e a minha personalidade na música brasileira.

8) Antes de estourar você partiu pra empreitada independente no mercado e parece que adquiriu muita experiência com isso. Quais lições você tirou dessa fase de sua vida ?

É preciso ter muita força de vontade. Não basta só ter talento. O artista hoje precisa se fazer descobrir e não esperar nada cair do céu. Aprendi um pouco como funciona o mercado e isso me ajuda muito. Enfim, é preciso querer mais que muitos.

9) Muitas pessoas comparam seu timbre de voz e seu estilo de compor com o cantor Djavan. Em algum momento isso te aborrece?

Já falei muito sobre isso no ano de 2001 e 2002 por todo o Brasil. Não há mais nada para se falar. Quem quiser que leia o release de Ed Motta que está no kit da imprensa. Ele diz tudo.

10) Deixe uma mensagem final para os seus milhares de fãs espalhados pelo Brasil a fora.

Livre, o título do meu quinto trabalho, é uma palavra muito forte para mim, pois o ser humano tem que ser livre para viver, livre para sonhar e, com todas as dificuldades atuais, eu vejo um futuro brilhante para o Brasil e pro mundo, onde o homem será "verdadeiramente livre".

Vercilo dando seu recado final

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