Copyright ©
1998-2001 MV Portal de Cifras
Esta página é parte integrante de MV Portal de Cifras (http://www.mvhp.com.br)
Este material não pode ser publicado, transmitido, reescrito ou redistribuído sem
prévia autorização.
Minha Oração
Tom: E
E B7 E B7 E
MEIA NOITE ESTÁ BATENDO, VOU CANTAR ESTA CANÇÃO.
B7 E B7 E
ANO NOVO DESPERTANDO, VOU FAZER MINHA ORAÇÃO.
E A B7
1-Vou pedir a padroeira, que abençoe esta nação,
B7
Esta terra brasileira, esta terra hospitaleira, terra do meu coração.
B7 E B7 E
Ai, ai, terra do meu coração. / Ai, ai, terra do meu coração.
E B7 E B7 E
MEIA NOITE ESTÁ BATENDO, VOU CANTAR ESTA CANÇÃO.
B7 E B7 E
ANO NOVO DESPERTANDO, VOU FAZER MINHA ORAÇÃO.
E A B7
2-Minha Santa abençoada te peço de coração, protegei nossas crianças,
B7
Com mais dias de bonança, estas flores da nação.
B7 E B7 E
Ai, ai, estas flores da nação. / Ai, ai, estas flores da nação.
Reisado
Tom: E
E B7 E A
1-Um galo cantou no oriente, ai, ai, ai, ai,
B7 E
Surgiu a estrela da guia, ai, ai.
B7 E A
Anunciando à humanidade, ai, ai, ai, ai,
B7 E B7
Que Menino Deus nascia, ai, ai, ai, ai,
A B7 E
Em uma estrebaria, ai, a, a, a, a, a.
E B7 E A
2-Vinte e cinco de dezembro, ai, ai, ai, ai,
B7 E
Não se dorme no colchão, ai, ai.
B7 E A
Deus Menino foi nascido, ai, ai, ai, ai,
B7 E B7
Nas folhas secas do chão, ai, ai, ai, ai,
A B7 E
Pra nossa salvação, ai, a, a, a, a, a.
E B7 E A
3-Senhora dona da casa, ai, ai, ai, ai,
B7 E
Olha a chuva no telhado, ai, ai.
B7 E A
Vem olhar o Deus Menino, ai, ai, ai, ai,
B7 E B7
Como está todo molhado, ai, ai, ai, ai,
A B7 E
Com os três Reis a seu lado, ai, a, a, a, a, a.
E B7 E A
4-Deus lhe pague a boa oferta, ai, ai, ai, ai,
B7 E
Que vós deste coalegria, ai, ai.
B7 E A
O Divino Santos Reis, ai, ai, ai, ai,
B7 E B7
São José e Santa Maria, ai, ai, ai, ai,
A B7 E
Hão de ser vosso guia, ai, a, a, a, a, a.
Figura do Velho Tom: C Intro: C F D7 G F C F G C
C G G7 C
Tombamos a terra pra fazer a roça, o rancho a palhoça erguemos por lá
G D7 G G7
Depois de algum tempo um golpe doído, meu velho querido Deus veio buscar
C G G7 C
Destino afiado machado cortante, bateu no gigante jogando pro chão
C7 F G G7 C
Bateu bem no cerne por baixo da casca, tirando uma lasca do meu coração
C F C F G C
C G G7 C
Ficaram suas marcas no esteio do rancho, na viga, no gancho, no teto e no chão
G D7 G G7
A vara de pesca em cima amarrada, no canto a enxada, machado, enxadão
C G G7 C
Tem marcas de encho na velha porteira, no coxo e cocheira no pé do mourão
C7 F G G7 C
Quis fazer a peça que não ficou pronta, só fez uma ponta da Mao de pilão
C F D7 G F C F G C
C G G7 C
As marcas de fato estão lá na roça, com suas mãos grossas deu duro e lutou
G D7 G G7
E cada mourão que cerca a divisa, dizer nem precisa quem foi que fincou
C G G7 C
E lá na tirada rasgada do solo, o velho monjolo foi ele quem pôs
C7 F G G7 C
Até o espantalho vermelho e rasgado, deixou lá fincado na roça de arroz
C F C F G C
C G G7 C
E hoje correndo a divisa da idade, me bate a saudade onde nois morava
G D7 G G7
Ainda estou sentindo o gostoso cheiro daquele paieiro que o velho pitava
C G G7 C
Aquela fumaça subindo do pito, seu rosto bonito pra mim não morreu
C7 F G G7 C
No céu eu revejo a linda figura, na terra a moldura do velho sou eu
F G C
Cabo Mesquita Tom: D Intro: D
D A7 D
O bravo cabo Mesquita patrulheiro rodoviário
A G D
Zelava por vida alheia no seu trabalho diário.
A7 D
Somente á sua família dedicava seu salário.
A7 D
Muito honesto e competente era esse o comentário.
D7 G A7 D
Só punia o infrator quando era necessário. intr.
D A7 D
Em um comando na pista proteção á sociedade.
A G D
Foi surgindo um caminhão em alta velocidade.
A7 D
No seu sinal de parada o motorista invade.
A7 D
Vou atrás disse Mesquita se reagir tranco nas grades.
D7 G A7 D
Por ultrapassar o oitenta e desrespeito á autoridade. int.
D A7 D
Foi entrando na cidade perseguindo o policial.
A G D
O motorista parou na porta de um hospital.
A7 D
Socorra doutor depressa esse é um caso fatal.
A7 D
Um menino atropelado tá passando muito mal.
D7 G A7 D
Socorri ele na estrada e o autor não sei do tal. intr.
D D
Quando o doutor no momento acabou de receber.
A7 G D
Foi botando o motorista com o guarda se entender.
A7 D
Sobre a minha imprudência nem é preciso dizer.
A7 D
Aqui está meus documentos veja lá o que vai fazer.
D7 G A7 D
Eu não podia deixar uma criança morrer. intr.
D A7 D
O Mesquita foi dizendo sentindo grande emoção.
A G D
qui dentro desta farda também tem um coração.
A7 D
Nada vai lhe acontecer siga em frente meu irmão
. A7 D
Por você estar cumprindo o dever de um cidadão.
D7 G A7 D A7 D
O seu gesto de nobreza foi maior que infração.
Verdadeiro Amor
Tom: D
Intro: D
D A7 D
Os capangas da fazenda derramou suor no chao
A7 D
Pra amarrar o namorado da filhinha do patrao
G A7
O moço falou pro velho no dia da execuçao
A7 D A7 D A7 D
Por ela eu posso morrer mas primeiro eu quero ver minha mae do çoracao
A7 D
Chamando o pai de lado ela disse sem temor
A7 D
Eu ficarei amarrada no lugar do meu amor
G A7 D
Se acaso ele não voltar pois me matem por favor
A7 D A7 D A7 D
Eu vou garantir seu nome porque sei que ele e homem bem mais homem que o senhor
D A7 D
Conversa de pai com a filha ninguém viu foi na surdina
A7 D
Mas o velho enraivecido já mandou prender a menina
G A7 D
A moça ficou amarrada na mira da cara
D A7 D A7 D
Mandaram soltar o rapaz pra despedir dos seus pais e vir cumprir com sua sina
A7 D
Capanga falou pra moça venceu a hora marcada
A7 D
O malandro foi embora e te deixou na laçada
G A7 D
Eu vou matar com prazer a florzinha cobiçada
D A7 D A7 D
Nesse instante a fazendeira ouviu bater a porteira e um cavalo em disparada D A7 D
O pai da moça sorriu também chorou no momento
A7 D
Vocês se amam de fato e não era fingimento
G A7 D
Eu só queria uma prova pra dar o consentimento
D A7 D A7 D
Com sorriso e alegria na fazenda outro dia houve um grande casamento
Plenilunio Tom: C Intro: F C A7 Dm G C G7 C
C A7 Dm
Eu sou matuto, moro no alto da serra
G7 C
Quero bem a minha terra quero bem o meu sertão
A7 Dm
Aqui de cima vejo a lua quando nasce
G7 C
Retornando sua face às belezas deste chão
A7 Dm
Até parece a porta do céu se abrindo
G G7 C C7
Deus o nosso pai surgindo junto com este clarão
F Fm C
Abençoando a canção em serenata
A7 Dm G7 C
E esta lua que retrata os feitos de suas mãos
E7 Am
Só mesmo vendo para crer como é lindo este lugar
G7 C C7 introdução
Todo sertão adormecer ao encontro do luar
C A7 Dm
Eu passo horas contemplando esta beleza
G7 C
Pois a própria natureza se orgulha do que tem
A7 Dm
O céu, a terra, lindos campos verdejantes
G7 C
Afluente murmurantes que se encontram muito além
A7 Dm
A lua cheia com seus raios reluzentes
G G7 C C7
Ilumina continentes pressentindo algum desdém
F Fm C
Até parece que me fala assim passiva
A7 Dm G7 C C
Sertanejo não se aflija Deus é caboclo também
E7 Am
Só mesmo vendo para crer como é lindo este lugar
G7 C
Todo sertão adormecer ao encontro do luar
Buscando a Felicidade Tom: E
E Buscando a felicidade, a minha infância perdi E7 A B7 E Já se foi à mocidade, tenho que parar aqui E Só me resta agora à vida, que um dia ira também E7 A B7 E Se a felicidade existe, a minha esta com alguém B7 E B7 E Já cansei de procurar já cansei, já fiz de tudo e por que E7 A B7 E Será que na vida inteira, não fiz por te merecer E Amores já não sei quantos, na minha vida passou E7 A B7 E A paz que tanto procuro, minha alma não encontrou E Dinheiro quanto dinheiro, que até a conta perdi E7 A B7 E O que eu mais precisava, ainda não consegui B7 E B7 E Já cansei de procurar já cansei, já fiz de tudo e por que E7 A B7 E Será que na vida inteira, não fiz por te merecer E7 A B7 E Será que na vida inteira, não fiz por te merecer
Dona Saudade Tom: G Intro: G C G D C G
G C
Com sinceridade a dona saudade
G
Não tem mesmo jeito
C
Da desilusão do meu coração
G
Quer tirar proveito
D C
Pelos meus caminhos colheu gravetinhos
G
De um amor desfeito
D C
E devagarinho ela fez seu ninho
G
Dentro do meu peito
C
Ó dona saudade tenha piedade
G
Não me aperte tanto
D C
Deixe este caboclo viver mais um pouco
G
Nem que seja em pranto
C
Quero ver aquela flor pura e bela
G
Perder seu encanto
D C
Seu choro ela canta quero que esta santa
G D C C7 G
Chore quando eu canto
Motivo de Saudade Tom: D
D A7
De um certo tempo para cá eu fique triste e sinto isso em cada lágrima que cai
D
E é meu pobre coraçãoue não resiste essa saudade que eu sinto de meu pai
D7 G
A sua imagem de amor esta presente em mim mente, em cada irmão que entra e sai
D A7 G A7 D
É um pedaço desse homem muito gente tudo é motivo de saudade do meu pai
A7 D A7 D
Vejo mamãe entristecida fingindo que está contente
G D A7 D
Mas tua alma está ferida e a gente sente a mesma dor que ela sente
D A7
Desde que o rei deixou o trono é só tristeza e a saudade ficou nossa companheira
D
E cada um que vai sentando em nossa mesa senti que falta o principal na cabeceira
D7 G
Observando o olhar da irmandade vejo nos olhos outro pensamento vai
D A7 G A7 D
Em nossa casa tudo fala de saudade desta saudade que sentimos de papai
A7 D A7 D
Vejo mamãe entristecida fingindo que esta contente
G D A7 D
Mas tua alma está ferida e a gente sente a mesma dor que ela sente
O Baiano e o Boiadeiro Tom: A
A E
No estado da Bahia este fato é verdadeiro.
A
De volta pra sua terra vinha vindo um boiadeiro.
E
Quase morrendo de fome mesmo trazendo dinheiro.
A
Ainda estava distante do seu estadão mineiro.
A7 D A
Na casinha de um baiano boiadeiro foi chegando.
E A
Bateu palma no terreiro.
A E
O baiano atendeu mandou o peão descer.
A
Filharada do baiano saíram pra conhecer.
E
Tinha uma filha moça mais linda que a flor do ipê.
A
Aquela beleza pura dava gosto a gente vê.
A7 D A
Rebatendo o pó da estrada o peão pediu pousada.
E A
E comida pra comer.
A E
O baiano foi dizendo pro peão sinceramente.
A
Há tempos que nós não vê o que comer na nossa frente.
E
A fome que está deixando os meus filhinhos doentes.
A
A seca por esses lados tem acabado com a gente.
A7 D A
Pra encerrar nossa prosa se tiver dinheiro pousa.
E A
Com minha filha inocente.
A E
A proposta do baiano quase matou o mineiro.
A
Jogou a guaiaca na mesa taí todo meu dinheiro.
E
Pegue tudo se quiser sem luxo meu companheiro.
A
Pode fazer uma compra pra comer o ano inteiro.
A7 D A
Menina ficou tristonha quase morta de vergonha.
E A
Chorava em desespero.
A E
O peão montou no burro já foi dando a despedida.
A
Ninguém deve aproveitar de um coitado sem saída.
E
Sua filha pode ter um bom futuro na vida.
A
Dinheiro eu ganho mais labutando nesta lida.
A7 D A
Deus que perdoe você ninguém deve se perder.
E A
Por um prato de comida
Porta Tom: A Intro: E7 A E7 D A E7 A
A
Porta, que se fechou pra assistir
E7
Dentro deste meu quarto um amor tão bonito nascer -
Porta, que se fechou tantas vezes,
D A
Depois assistindo esse amor tão bonito crescer.
Porta, que se fechou para ver
A7 D
Duas vidas se unirem com tanta emoção
E7 A
Porta, que se fechou pra esconder dos olhos do mundo
E7
Esse amor tão bonito e profundo
D E7 A
A vida e a morte do meu coração.
A
Porta, por que foi abrir
E7
Quando uma tristeza estava rodando lá fora
Porta, por que foi abrir
D A
E deixar minha felicidade pra sempre ir embora
Porta, por que foi abrir
A7 D
E deixar acontecer o que aconteceu?
E7 A
Porta, me lembra de tudo e arrepia meu corpo
E7
Meu coração por fora está morto
D E7 A
Mas por dentro ainda este amor não morreu.
Senhora da Penha Tom: G Intro: C G D7 G7 C G D7
G
Quem conheceu meu passado
D7
Se sente pasmado ao me ver passar
Porque passo ao lado de alguém
G
Que se sacrificou pra me regenerar.
Meu viver foi transformado
G7 C
Não bebo, não fumo, nem vivo jogando
Bm
Graças a Nossa Senhora da Penha
Am D7 G
Eu levo a vida cantando.
D7 G
Pois a santa milagrosa
D7 G
Que atendeu o pedido que eu fiz
D7 G
Minha fé religiosa
A7 D7
Me fez crer que agora sou feliz
C Bm
Hoje eu vivo no trabalho,
D7 G
Meu baralho joguei fora
C Bm
E ao domingos vou a Penha
D7 G
Levar flores pra Nossa Senhora.
Um Tostao de Chuva Tom: C Intro: F C F C F C
F C F
Trabalhava para ele o negrinho Sebastião
C F
Era uma pobre criança que sofria em suas mãos
G C G C
Por ser muito religioso, era aquela judiação.
Bb F G
Pra aumentar o espanto seu, sempre que falava em Deus
C7 F
Apanhava do patrão
F C F
Veio a seca na fazenda, para tudo terminar
C F
E o pretinho vendo aquilo com seu patrão foi falar
G C G C
O senhor deve ter fé, para Deus deve rezar
Bb F G
Faça um pedido em prece, que o senhor lhe agradece
C7 F
e a chuva cairá
F C F
O patrão ficou furioso e no negrinho bateu
C F
Mas a surra foi tão forte que o coitadinho morreu
G C G C
Quando estava no caixão seu patrão se aproximou
Bb F G
Com desprezo e maldade mostrando sua crueldade
C7 F
Essas palavras falou
...Tome lá negrinho, leve essa moeda no caixão, e diga lá pro seu Deus, mandar chuva no meu chão, já que acredita nele, leve pra ele essa encomenda, e que mande 10 tostões de chuva, aqui na minha fazenda...
F C F
Logo depois do enterro, veio um forte furacão
C F
Arrasou com a fazenda, inundo tudo pelo chão
G C G C
O negrinho apareceu, entregou ao seu patrão
Bb F G
novecentos réis de troco, porque a chuva que veio
C7 F
Foi somente um tostão
( F C F C )
Velho Pouso de Boiada Tom: E Intro: B7 E B7 E
E B7 E
Numa tardinha fui andando por aí
E B7
Coincidiu que descobri pedacinhos de saudades.
A B7
Tudo igualzinho a um retrato descorado
B7 A B7 E
Num cenário amarrotado pelo avanço da cidade.
E B7 E
A figueirona com seu tronco já ferido
E E7 A
Pelo golpe desferido de um machado sem amor.
E
Condenada sem direito a julgamento
B7 E
Vai tombar qualquer momento pelas mãos de um malfeitor.
Refrão:
E B7 E
Memorizando minha vida já passada.
B7 E
Recordei naquele instante um Velho Pouso de Boiada.
E B7 E
E ali mesmo encontrei só um pedaço
E B7
Do que um dia foi um laço de um habilidoso peão.
A B7
E da baldrana as pequenas margaridas
B7 A B7 E
Igual estrelas caídas espalhadas pelo chão.
E B7 E
E do lombilho tropecei num velho trapo
E E7 A
O farrapo de um guanaco que um dia foi chapéu.
E
Sons de viola explodiam pelo ar
B7 E
Parecendo anunciar um fandango lá no céu.
Refrão:
E B7 E
Memorizando minha vida já passada.
B7 E
Recordei naquele instante um Velho Pouso de Boiada.
E B7 E
Resto de cerca que já foi de algum potreiro
E B7
A armação de um cargueiro e uma trempa enferrujada.
A B7
E num palanque velho tronco de ipê
B7 A B7 E
E a inscrição que a gente lê: "Velho Pouso de Boiada".
E B7 E
Num sonho louco retornei à mocidade
E E7 A
E ruminando a saudade até altas madrugadas.
E
Juro por Deus que chorei naquele instante
B7 E
Quando ouvi sons de berrante despertando a peonada.
Refrão:
E B7 E
Memorizando minha vida já passada.
B7 E
Recordei naquele instante um Velho |Po-ouso de Boiada.
|Ralentar.
O Ipê E O Prisioneiro [dois Violões] Tom: A e C#m
2º violão: C#m7/5- F#º C#m7 G#m7/5- C#m7 1º violão: A7 D A E7 A
C#m7
A
Quando a muitos anos fui aprisionado nessa cela fria
G#m7/5-
E7
No segundo andar da penitenciara lá na rua eu via
D#m7/5- F#º
Bm D
Quando um jardineiro plantava um ipê, e ao correr dos dias
C#m7 G#m7/5- C#m7 C#m7/5-
A E7 A A7
Ele foi crescendo e ganhava vida, enquanto eu sofria.
F#º C#m7
D A
Meu ipê florido junto a minha cela
G#m7/5- C#m7 C#m7/5-
E7 A A7
Hoje tem altura de minha janela
F#º C#m7
D A
Só uma diferença há entre nos agora
D#m7/5- G#m7/5-
Bm E7
Aqui dentro as noites não tem mais aurora
D#m7/5- G#m7/5- C#m7
Bm E7 A
Quanta claridade tem você lá fo- ra.
C#m7
A
Vejo em seu tronco cipó-parasita te abraçando forte
G#m7/5-
E7
Enquanto te abraça suga sua seiva te levando a morte
D#m7/5- F#º
Bm D
Assim foi comigo, ela me abraçava e depois me traia
C#m7 G#m7/5- C#m7 C#m7/5-
A E7 A A7
Por isso a matei e agora só tenho sua companhia
{repetir Refrão}
Deus te pague Tom: G Intro: G D7 G D7
G D7 G Querida aceite essas flores que apanhei pra te ofertar
G D7 G são flores que tu plantastes no jardim do nosso lar
C G C hoje é uma data feliz, eu quero te homenagear
D7 G D7 G saudando a tua saude e o passado relembrar
D7,G,D7,G
G D7 G já fui um mal companheiro, fui pervérso e infiel
G D7 G mas uma esposa sincera enfrenta tudo que vier
C G C é como diz o ditado "anda errado só quem quer"
D7 G D7 G quando eu não soube ser homem, tu soubeste a ser mulher
D7.G,D7,G
G D7 G hoje em dia me envergonho de ter um passado assim
G D7 G somente a tua bandade impediu meu triste fim
C G C enquanto eu repassava botiquim por botiquim
D7 G D7 G voçê em casa esperava rezando em prantos por mim
D7,G,D7,G
G D7 G até que um dia suas preces lá do céu Deus escutou
G D7 G pois a mão no meu caminho, meu destino transformou
C G C abandonei a bebida minha vida indireitou
D7 G D7 G me dediquei a familia e meu lar Deus abençoou
D7,G,D7,G
G D7 G hoje fazem 15 anos que nós dois em frente ao altar
G D7 G juramos aos pés da virgem para sempre nos amar
C G C tua bondade impediu dessa jura eu não quebrar
D7 G D7 G Deus te pague ó querida, por ter "sarvo" nosso lar
D7,G
Um Tostão de Chuva Tom: F Intro: F C F C F C
Falado Aquele perverso fazendeiro era contra a natureza, em tudo que via no mundo, ele não achava beleza, tinha uma grande fazenda, a maior da redondeza, mas tinha um coração de fera conhecido por suas proezas...
F C F
Trabalhava para ele o negrinho Sebastião
C F
Era uma pobre criança que sofria em suas mãos
G C G C
Por ser muito religioso, era aquela judiação.
Bb F G
Pra aumentar o espanto seu, sempre que falava em Deus
C7 F
Apanhava do patrão
F C F
Veio a seca na fazenda, para tudo terminar
C F
E o pretinho vendo aquilo com seu patrão foi falar
G C G C
O senhor deve ter fé, para Deus deve rezar
Bb F G
Faça um pedido em prece, que o senhor lhe agradece
C7 F
e a chuva cairá
F C F
O patrão ficou furioso e no negrinho bateu
C F
Mas a surra foi tão forte que o coitadinho morreu
G C G C
Quando estava no caixão seu patrão se aproximou
Bb F G
Com desprezo e maldade mostrando sua crueldade
C7 F
Essas palavras falou
...Tome lá negrinho, leve essa moeda no caixão, e diga lá pro seu Deus, mandar chuva no meu chão, já que acredita nele, leve pra ele essa encomenda, e que mande 10 tostões de chuva, aqui na minha fazenda...
F C F
Logo depois do enterro, veio um forte furacão
C F
Arrasou com a fazenda, inundo tudo pelo chão
G C G C
O negrinho apareceu, entregou ao seu patrão
Bb F G
novecentos réis de troco, porque a chuva que veio
C7 F
Foi somente um tostão
F C F C
Dona Saudade Tom: G Intro: G C G D C G
G C
COM SINCERIDADE A DONA SAUDADE
G
NÃO TEM MESMO JEITO
C
DA DESILUSÃO DO MEU CORAÇÃO
G
QUER TIRAR PROVEITO
D C
PELOS MEUS CAMINHOS COLHEU GRAVETINHOS
G
DE UM AMOR DESFEITO
D C
E DEVAGARINHO ELA FEZ SEU NINHO
G
DENTRO DO MEU PEITO
C
Ó DONA SAUDADE TENHA PIEDADE
G
NÃO ME APERTE TANTO
D C
DEIXE ESTE CABOCLO VIVER MAIS UM POUCO
G
NEM QUE SEJA EM PRANTO
C
QUERO VER AQUELA FLOR PURA E BELA
G
PERDER SEU ENCANTO
D C
SEU CHORO ELA CANTA QUERO QUE ESTA SANTA
G D C C7 G
CHORE QUANDO EU CANTO
REPETE CANÇÃO
Riozinho Tom: A
A F#m C#m
MEU RIO PEQUENO, BRAÇO LÍQUIDO DOS CAMPOS.
D A9 F#m E7
RODEADO DE BARRANCOS CORROÍDO PELOS ANOS
A F#m C#m7
VAI ARRASTANDO FOLHAS MORTAS E SAUDADES
D9 A E7 A
PÔR DO SOL DE MUITAS TARDES, ILUSÕES E DESENGANOS.
Bm F#7 Bm7
USANDO VALES CHAPADÕES E PANTANAIS
A E D E
BEBEDOUROS DE PARDAIS, CAMPO ESPELHO DE LUAR.
A F#m C#m
O SEU ROTEIRO NÃO TEM VOLTA SÓ TEM ÍDA
D A9 E7 A
PRA FINDAR A SUA VIDA NA AMPLIDÃO AZUL DO MAR
D E A
RIOZINHO AMIGO, SÃO IGUAIS AS NOSSAS ÁGUAS.
D9 A9 F#m E7
TAMBEM TENHO UM RIO DE MÁGOAS A CORRER DENTRO DE MIM
A D E A9
USANDO N'ALMA CAMPOS SECOS E DESERTOS
D A E A
CADA VEZ VENDO MAIS PERTO O OCEANO DO MEU FIM
F#m C#m7
RIOZINHO AMIGO NASCESTE JUNTO À COLINA.
D A F#m E7
ERA UM RIO D'ÁGUA DE MINA E CRESCEU TÃO LENTAMENTE
A F#m C#m
VARZEANDO MATAS, RAMAGENS, JUNCOS E FLORES.
D9 A E A9
PASSARINHOS MULTICORES SEGUIRAM VOSSA CORRENTE
Bm F#7 Bm
RIOZINHO AMIGO, QUANTAS VEZES ASSISTIU.
A E D E
ACENOS DE QUEM PARTIU, ENCONTRO DOS QUE CHEGARAM.
A F#m C#m
FOI TESTEMUNHA DE MUITAS JURAS DE AMOR
D A E7 A9
QUANTAS LÁGRIMAS DE DOR SUAS ÁGUAS CARREGARAM
F#m C#m
RIOZINHO AMIGO SOBRE A AREIA DO REMANSO
D9 A F#m E7
ANIMAIS EM SEU DESCANSO, ALÍ VEM MATAR A SEDE.
A F#m C#m
AS BORBOLETAS EM SUAS MARGENS SE AMONTOAM
D A E7 A9
E DEPOIS ALEGRES VOAM NA AMPLIDÃO DOS CAMPOS VERDES
Bm F#m7 Bm
A BRISA ENCRESPA O SEU ROSTO DE MENINO
A9 E D E7
COMO O MAIS TERNO E DIVINO BEIJO DA MÃE NATUREZA
A F#m C#m7
LINDAS PAISAGENS, MADRUGADAS COLORIDAS.
D A9 E7 A9
ENCONTROS E DESPEDIDAS SEGUEM VOSSA CORRENTEZA
Morena do Sul de Minas Tom: G
G D7 G
Minha linda garça branca do varjeão do sul de Minas
D7 G D7
Que voa cortando espaço cruzando verdes Campinas
G A7 D7 A7
Vai dizer pra minha amada que a paixão me domina
D7 G D7 G
Ela será meu tesouro, ou talvez minha ruína, ai, ai!
G D7 G
O assunto desse amor trago sempre na surdina
D7 G D7
Só meu coração que sabe que a morena me fascina
G A7 D7 A7
Sei também que ela me ama desde o tempo de menina
D7 G D7 G
Só não me caso com ela se não for a minha sina, ai, ai!
G D7 G
Essa morena que eu digo é uma graça divina
D7 G D7
Tem o rostinho bem feito e a cinturinha fina
G A7 D7 A7
Alem disso é fazendeira cheia de libra esterlina
D7 G D7 G
Eu me casando com ela faço um negócio da china, ai,ai!
A7 D7
Casar com mulher bonita é a coisa que mais me inclina
G
Ai, ai, ai, Rosalina!
G D7 G
A saudade mata a gente quando a paixão predomina
D7 G D7
Eu tenho quase morrido por alguém que me alucina
G A7 D7 A7
Esta dor que me persegue já nao sei quando termina
D7 G D7 G
Se eu não realizar meu sonho adeus, Estado de Minas, ai, ai!
Felicidade de Caboclo Tom: A Intro: A7 D E7 D A A7 D E7 A
A E7
Todo o caboclo tem
A
Uma viola, uma saudade, uma canção
A Bm
Tenho na mente uma canção bem decorada
E7 A
Uma viola pendurada no meu rancho de sapé
Bm
Uma cabocla pra cuidar dos meus trapinhos
E7 D A
Na gaiola um passarinho que me acorda no amanhecer.
A7 D
Felicidade não se compra, não se vende
E7 A
Quando dois amor se entende tem de graça até morrer!
A E7
Todo o caboclo tem
A
Uma viola, uma saudade, uma canção
A Bm
Minha cabocla tem os olhos tão ligeiros
E7 A
Um olhar tão feiticeiro que em barra no falar
Bm
Tenho ciúme do olhar desse cabocla
E7 D A
Por que ela prende a gente só no modo de falar
A7 D
Mas se algum dia esse cabocla for embora
E7 A
Juro por nosso Senhora que eu vou morrer de chorar.
A E7
Todo o caboclo tem
A
Uma viola, uma saudade, uma canção.
A sementinha Tom: A
Ponteio de introdução (aproximado):
(Tocar em dueto os pares verticais de notas)
A7 D A7 D
19 17 13|17 15 12|15 13 10|12 13 15|
220 28 25|28 27 23|27 25 22|23 25 27|
A7 D A7 D A7 D
19 17 13|17 15 12|13 14 15|13 10 23|15 13 12|
220 28 25|28 27 23|25 26 27|25 23 32|27 25 23|
A7
Lá na casa da fazenda onde eu vivia
D
Numa manhã de garôa e de céu nublado
B7 Em
Achei no chão do terreiro uma sementinha
A7 D
Pensei logo em plantá-la no chão molhado.
A7
O tempo passou depressa e a mocidade
D
Chegou como chega a noite ao cair da tarde
B7 Em A7
Veio morar na fazenda uma cabocli- nha
D
Graciosa, bela e meiga e na flor da idade.
Ponteio: A7 D A7 D A7 D 19 17 13|17 15 12|13 14 15|13 10 23|15 13 12| 220 28 25|28 27 23|25 26 27|25 23 32|27 25 23|
A7
Iniciou-se um romance entre eu e ela
D
Na sombra aconchegante de uma paineira
B7 Em
Dei a ela uma rosa com muita esperança
A7 D
Que eu colhi de um galhinho daquela roseira.
A7
Marcamos o casamento pro o fim do ano
D
Pra mim só existia ela e pra ela só eu
B7 Em A7
Pouco mais de uma semana pra o nosso idí- lio
D
A minha flor prometida doente morreu.
(Ponteio)
A7
Arranquei o pé de rosa na primavera
D
E plantei na sepultura de minha amada
B7 Em
Todas as tardes eu molhava com o meu pranto
A7 D
A roseira foi murchando e acabou em nada.
A7
A chuva se foi embora e o sol ardente
D
Matou a minha roseira e secou meu pranto
B7 Em A7
Só não matou a saudade da cabocli- nha
D
Pois eu vejo sua imagem em todo o canto.
(Ponteio)
A7
Por isso é que eu vivo longe de minha terra
D
Seguindo a longa estrada de minha vida
B7 Em
Procuro viver sorrindo mas no entanto
A7 D
Eu choro ao me recordar a amada querida.
A7
O destino como sempre é caprichoso
D
É cheio de traições e de sonhos loucos
B7 Em A7
Tal qual aquela roseira e a minha ama- da
D
Eu pressinto que também vou morrendo aos poucos.
(Ponteio)
Caminheiro Tom: E
E 20 20 22 23 23 23 23 22 20 23
12 12 10 12 12 12 10 23 22 20
E7 A
12 12 10 12 12 12 10 23 10 22
B7 E
10 24 22 20 20 32 20 31
B7 E B7 E
20 31 42 20 52 42 / 20 31 42 20 52 42
G#m A G#m
Caminheiro que lá vai indo,/ pro rumo da minha terra
A G#m E E7 E
Por favor faça parada, na casa branca da serra
E7 E E7 E
Ali mora uma velhinha, chorando o filho seu
E7 E E7 E
Essa velha é minha mãe, e o seu filho sou eu (60 62 64)
A E B7 E
Vaaaaaaai, caminheiro, leva esse recado meu
INTRODUÇÃO
G#m A G#m
Por favor diga pra mãe, zelar bem do que é meu
A G#m E E7 E
Cuidar bem do meu cavalo, que o finado pai me deu
E7 E E7 E
Do meu cachorro campeiro, meu galo índio brigador
E7 E E7 E
Minha velha espingarda, e o violão chorador (60 62 64)
A E B7 E
Vaaaaaaai, caminheiro, me faça este favor
INTRODUÇÃO
G#m A G#m
Caminheiro diga pra mãe, para não se preocupar
A G#m E E7 E
Se Deus quiser este ano, eu consigo me formar
E7 E E7 E
Eu pegando o meu diploma, vou trazer ela pra cá
E7 E E7 E
Mas se eu for mal nos estudos, vou deixar tudo e volto lá (60 62 64)
A E B7 E
Ooooooooi, caminheiro, não esqueça de avisar (3 vezes)
Mãe de Carvão
Tom: G
G D7 G D7 G
Muntado no lombo da louca saudade deixei a cidade voltei pro sertão
D7 G D7 G
Fui ver minha casa na velha fazenda o rancho a moenda o velho galpão
B7 Em A7
Cheguei de mansinho olhando pros lados, meus olhos molhados de tanta
D7
Emoção
C G D7
Passei a cerquinha de arame farpado, o angico encorpado me olho do
G C A7 D G
espigão
Na porta do rancho bem rente a soleira, esbarrei na roseira, levei um arranhão A linda roseira de rosas vermelhas puxava a orelha do filho fujão Passei a saleta e fui pra cozinha, no canto ainda tinha o velho fogão Olhei pra parede meus olhos pararam e meus pés ficaram pregados no chão
Revi na parede um rosto traçado que a tempos passados ieu fiz de carvão
O tempo e a chuva molhou o reboque que fez o retoque com tal perfeição
Me fez eu criança envolto na manta no colo da santa seguro em tuas mãos
Seus olhos estavam radiantes de brilho segurando o filho e dando a
G G7
benção
C G D7 G
Fechei os meus olhos rezei para ela pintada na tela da minha ilusão
D7 G D7 G
Mãezinha querida meu grande tesouro você é de ouro e não de carvão
C G D7
No mundo onde ando de loucas estradas eu sei não sou nada sem sua
G
proteção.
O prisioneiro e o pé de Ipê Tom: A Intro: A A7 D D7 E A
A E AEA
Quando a muito anos fui aprisionado nessa cela fria
E
Do segundo andar da penitenciária lá na rua eu via
D
Quando um jardineiro plantava um Ipê e ao correr dos dias
A E AEA A7
Ele foi crescendo e ganhando vida enquanto eu sofria
Refrão
D A
Meu ipê florido junto a minha cela
E A A7
Hoje tem altura de minha janela
D A
Só uma diferença há entre nós agora
E
Aqui dentro é noite não tem mais aurora
D E A (INTROD.)
Quanta claridade tem você lá fora
A E AEA
Vejo em teu tronco cipó parasita te abraçando forte
E
Enquanto te abraça suga tua seiva te levando a morte
D
Assim foi comigo ela me abraçava depois me traia
A A E A A7
Por isso a matei e agora só tenho sua companhia
Refrão