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Morre o homem,
renasce o mito, vive a lenda


Morte de Michael Jackson mostra a trajetória de um ídolo que trouxe muita riqueza musical e que seu legado será imortal

(16/07/2009)

Michael Jackson, o maior ícone pop de todos os tempos, nos deixou prematuramente dia 25/06/09, vítima ,aparentemente, de um ataque cardíaco fulminante. Aos 50 anos, o original, irreverente e criativo artista não está mais entre nós e sua ausência deixa uma lacuna na música impossível de ser preenchida. O mundo acompanhou atônito a despedida - cercada de mistérios, assim como toda a sua vida - da maior estrela que a indústria da música pop já produziu. Mas o legado deixado pelo cantor, que desejava ser criança para sempre, não será apagado. Podem falar qualquer coisa de sua vida particular, qualquer escêndalo, porém ninguém pode contestar seu brilho na arte e na música. Ele foi, e ainda é, o verdadeiro mito dos últimos anos e atualmente podemos considerá-lo como uma lenda, por que não ? É um artista imortal, que vai ficar ficar para sempre na história.

Nascido em 29 de agosto de 1958, Michael Joseph Jackson começou sua carreira aos 5 anos, no The Jackson’s Five, grupo que integrava com seus irmãos Jackie, Tito, Marlon e Jermaine.. Em 1982 lançou Thriller, o álbum mais vendido de sua carreira com mais de 100 milhões de cópias e que recebeu diversos prêmios. Muitas são suas conquistas acumuladas ao longo do tempo. Foram 8 prêmios Grammy, 7 American Music Award, 37 semanas na primeira posição dos discos mais vendidos nos Estados Unidos e  2 anos tocando nas rádios seguidamente.  Em 1985 ele foi o principal nome da campanha contra a fome na Etiópia. O projeto USA for Africa contou com a participação de Lionel Ritchie, Steve Wonder, Bruce Springsteen, Tina Turner, entre outros e deu origem à inesquecível We are the world. De lá para cá muita água rolou e Michael, apesar da fama, passou a aparecer na mídia muito mais por causa de seus estranhos hábitos do que pelo seu talento. Muito se especulou sobre um provável regresso do astro e que finalmente se confirmou através da série de shows que ele faria agora em julho.

Independente das polêmicas em torno do  caráter controverso dos seus hábitos, o que ficará marcado na história humana é a lembrança de um artista brilhante, que revolucionou o canto e a  dança, além da própria forma moderna de divulgação da música, sendo considerado o inventor do videoclipe como o conhecemos hoje. Michael Jackson povoou o imaginário pop ao redor do globo. Ninguém, que goste de música um pouco que seja, é imune à influência do astro. Michael Jackson  foi um músico divisor de águas, e sua influência é permanente. Sem dúvida  será lembrado como um dos maiores artistas do século XX e aquele que transformou a canção em um espetáculo completo. Dificilmente outro fenômeno como o cantor americano irá surgir. Para provar o que estou dizendo basta lembrarmos de seus hits incontestáveis que nunca deixaram de tocar, suas turnês grandiosas com músicos afinados, coreografias mais do que ensaiadas e pirotecnia de última geração.

Me arrisco a dizer que quem realmente revolucionou a música nos anos 80 não foi o videoclipe, mas sim a forma como Michael Jackson passou a fazer videoclipes. Desde o “curta-metragem” que foi Thriller nunca mais uma banda encarou a música da mesma maneira de antes. Por isso devemos ter cuidado ao emitir opiniões que manchem todo esse legado deixado pelo artista. Ele tinha suas manias esquisitas e polêmicas, mas jamais podemos duvidar de sua capacidade musical. Seu talento era indiscutível e por isso é considerado até hoje o verdadeiro Rei do Pop.

Michael pertence atualmente à galeria dos ídolos pop imortalizados desde o século XX, como Jimi Hendrix, Janis Joplin, Bob Marley e Elvis Presley. Ele não apenas cantou. Ele foi o marco histórico da música. Fez a transição completa entre uma era da música e esta nova era. Usou a tecnologia para se tornar o que se tornou. Longe de mim criticar o que ele fez, os motivos, as verdades, as mentiras e tudo mais que lhe aconteceu. Mesmo depois de morto seus grandes sucessos tocarão novamente, voltarão as primeiras colocações das paradas e seus CDs venderão como água.  Tudo isso é a prova mais do que suficiente que o Rei do Pop deixa os palcos para sempre, mas o mito renascerá em cada um de seus fãs e seguidores e a lenda continuará mais viva do que nunca.


Marcus Vinicius Jacobson

Jornalista e diretor do MVHP - Portal de Cifras
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