BIOGRAFIA |
Gravaram uma fita demo
destas músicas com uma bateria eletrônica e encaminharam à gravadora CBS que
considerou-as ambíguas e difíceis de tocar nas rádios. O nome 45 RPM (45 rotações por
minuto) foi sugerido inicialmente em uma lista de nomes feita por uma amiga. Schiavon e
Paulo gostaram do nome, mas tiraram o 45 e mudaram o Rotações por Revoluções. Entram
Deluqui e Júnior Na verdade o som de um baixo, teclados e bateria programada deixava o
RPM com um som frio demais. Faltava a guitarra. Fernando Deluqui, um guitarrista de estilo
punk que vinha da banda Ignoze fazia participações em shows pan-culturais de May East,
onde também participou da gravação do disco. Schiavon havia sido convidado para uma
participação em um dos show de May East onde pôde mostrar a Deluqui as três músicas
da fita demo. Em seguida fizeram alguns ensaios e o som deu certo. Assim, Deluqui entrou
pro RPM como o guitarrista. E Júnior como baterista, deixando de lado a bateria
eletrônica. Graças a um repertório de
pop-rock muito bem concatenado e a um show superproduzido como nunca antes havia rolado no
Brasil, o quarteto gerou uma idolatria digna dos Beatles, com cenas de histeria
explícitas a cada nova apresentação. O disco Rádio Pirata ao Vivo, o segundo da
discografia da extinta banda paulistana, é o registro fiel de uma dessas performances ao
vivo, e inclui boas releituras de músicas do disco de estréia, como Olhar 43 e Rádio
Pirata, aliadas a faixas até então inéditas, como Alvorada Voraz e a instrumental Naja,
além dos covers de dois nomes que os influenciaram muito, Flores Astrais do Secos &
Molhados, e London London de Caetano Veloso. O álbum vendeu mais de dois milhões de
cópias e detonou a erRe Pê eMê - mania, além de ter sido um dos primeiros discos ao
vivo a vender bem por aqui. A banda ganhou centenas de matérias em revistas de todo o
Brasil. Mesmo com todo o sucesso no Brasil e em países como França e Portugal, o RPM que até teve um Globo Repórter especial e havia se tornado albúm de figurinhas, passava por uma situação difícil. A verdade é que já existia um clima tenso entre os integrantes. Paulo Ricardo se viu alçado quando aos 24 anos, era considerado o maior símbolo sexual brasileiro. Assim, Paulo começou a ser muito requisitado em entrevistas o que deixava a impressão de que o RPM era a banda de apoio de Paulo Ricardo. A gravadora CBS precisou intervir no superestrelato do baixista e cantor. Mas nem mesmo assim, os jornais e revistas deram trégua. Já que Paulo com seu carisma, beleza, inteligência e talento se sobressaia naturalmente. Certamente êxito do RPM, no entanto, causou uma superexposição da banda e os problemas internos começaram a aparecer. Em 1987, Deluqui e Paulo Pagni abandonaram a banda, retornando somente em março de 1988, quando foi lançado o álbum "Quatro Coiotes". Um ano depois, a banda anunciou novamente seu fim. Em 1993, uma nova tentativa de retorno, sem a formação original, foi frustrada após o lançamento do fraco álbum "RPM". Algo muito natural para as bandas da época como o Blitz de Evandro Mesquita, o Barão Vermelho de Cazuza e até mesmo os Secos & Molhados de Ney Matogrosso em 1973. Todas essas bandas passaram pelo mesmo problema o que já dava pra imaginar o que aconteceria em seguir. Especulações apontaram que o fim da banda se deu após o grande investimento na RPM Discos, uma gravadora com selo próprio que não deu certo e acabou inundando os integrantes em dívidas e brigas. A única banda que a RPM Discos lançou foi o Cabine C, do ex-titã Ciro Pessoa, com o LP Fósforos de Oxford, gravado em excelentes estúdios e com capa e encartes luxuosos. O fim da banda se deu em agosto de 1987. Após o fechamento da RPM Discos. Assim, seus integrantes tomaram outros rumos e Paulo Ricardo seguiu carreira solo, e preferiu optar pelo gênero romântico onde começou a se destacar a partir da música Dois, tema da novela Corpo Dourado, da Rede Globo. |